BREJEIRA.
E por
ser de sim dos arremates, Norinha se fez no só dela, prepotentosa no
indiferente dos porvires, maliciosa dos muxoxos, para fazer-se muito em brejeira
dengosa e sarapintar nas vertentes do arruado, em palma de mão-maria, que nuca
falha. Quem de longe arreparasse nos proventos dos credos de boniteza enluada,
sabia que por ali era dia de cismar chamego.
Como de
trejeito sapeca, Norinha aprumou nas andanças de desenrolar entornos. Pois, no
dito arrematado do solfejo, foi assim que empertigou sabida de trocar velha
solidão de semana desbotada por acalanto de carmim, que o lábio de beija-flor
não descuida de ser insinuado de longe, ainda mais com beijo doce. Apanhou
sombrinha de girar sorriso e trovejou macio propositura de flertar sorriso na
praça alongada da vila.
Se
domingo adivinhasse os proventos o sol não amanhecia e o vento que embala do
Sertãozinho não trazia chuvisco. Mas, segundo Raimundo do Donato, a codorninha
pia no campo das gabirovas para acomodar companhia. Neste então a missa
acabando vai soletrando gente pelas calçadas para falar mal de alguma coisa.
Dedorengo apruma para a primeira cachaça que no domingo é mais antes. No
tropeço empertiga o chapéu de fazer respeito e chamusca Norinha no distúrbio. O
retorno é complacente das esperanças. Mais dois rabos de galo e a coragem
aumenta.
No
transviado dos requebros, Norinha apruma para o lado do coreto aonde Roninho
brinca na flauta de fazer seresta com os demais da banda. O sol sobe, o calor
cresce, os trejeitos atiçam, a decisão espera. Norinha circula a dúvida sob a
sombrinha faceira. Mastiga o nada. Insinua o destino e da flauta flanam
borboletas que brincam de talvez. A pinga atreve, o cigarro enfeita, Norinha
assanha na disputa perto. Roninho enfeza e Dedorengo jinga, O birimbau entoa, a
capoeira marca, a rasteira dança. A negaça pede benção de chinela e a destreza à
faca. O grito é “Nhorinha é minha” e o tempo fecha. A navalha aquece a mão sem
destino de Deodorengo, o sangue desce manso do pescoço de Roninha, que retruca
na faca o corpo alerta, amolecendo na jinga continua. E se os Oxuns mandassem a
madrugada assistia o fim.
Mas a
polícia acampa, Norinha articula, enfeita o beiço, arremeda a cisma e se alonga
das vistas. Deodorengo desvirtua a navalha na solidão do fingido, Roninho dissimula
a faca na espreita do sabido e o domingo foi festa na falta do mais o que, Norinha
estreite estrada, atende o gesto cabreiro do guarda Tonho, que se arvora em
pronto para artimanhar companhia. E por ser por Deus dará, cada canto é do
resto em aonde o pintassilgo assiste de fora para saber o que deve cantar para
enfeitar o azul. E o demais foi perdão, pois Norinha e Tonho nunca disseram
então no que deu.
Bela crônica sr Florence. Estou encantada com o seu livro embora tenha avançado menos do que eu gostaria na litura, por contingências inesperadas. Retomarei em breve, espero. Um abraço.
ResponderExcluirCrônica com roteiro divertido, aguça a imaginação, e vem a torcida por um dos pretendentes. Rs e abraço
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