PORVENTURAS – ABSINTO
E DOXA
Chegou
acabrunhado, sequer declamou os brancos coloridos, anódinos, das meias.
Amassava o chapéu,
entre tristonho e certa esperança, relativa, no louva-deus.
Pesquisou a tese,
inoportuna, para não solucionar teoremas ou paradoxos.
Olhou o céu,
procurou Deus, saudou o insolúvel, achou a reflexão mal intencionada.
Censurou-se
e escolheu pequenas abstinências ao querer vaticinar o inconsciente.
Poderia até ser
dia de graça, se não houvesse uma estrela em dó menor, imune.
Mesmo assim possuía consigo um desdém, amestrado, idealista,
do lado oposto.
No confronto, entre o azul e a metáfora, ao se masturbarem, nada
se definiu.
Questionado, sugeriu o ensejo do ritual do parto gênese para pueris
ensejos.
Transcorreu bem perto um pequeno intuito encachoeirado e
cínico. Vaidoso.
Pois cedo, as afinidades azinhavravam antes de encontrarem os
motivos.
Observava com método, primeiro, depois dividia o destino em
pró e não aborreça.
Procurou, entre os mais carentes, um aconchego robusto, mas
assexuado.
De manhã não se barbeava, para só no almoço criar fantasias.
Não chegava a ser um cético, embora preferisse cores miúdas
às insonsas.
Respirou fundo o sabor do vento pensando em engravidar a
alegria.
Com o escorrer do tempo preferiu atender o silêncio a açoitar
o provérbio
Nunca se conformou com as metamorfoses, embora não
comungasse.
No entanto, concordou com a melancolia ouvindo as rosas
subjetivas.
Crente, se preparou para trazer ao convívio as melhores
discrepâncias.
E determinou o ribombar dos sinos para reinstaurar a saudade.
Ao aceitar a lei da gravidade, liberou o óbvio, incentivou a
imaginação e pregou.
Dúvidas atrozes, se o conceito de paz fora mitológico ou
servido na santa ceia.
Suportava nas entranhas metáforas vis com a tenacidade dos
convertidos.
Mas antes das soluções aplicava seus sermões e os casulos
eclodiam.
Nunca transigiu com as marés, fossem elas altas ou
mundanas.
Desapegou das coisas fortuitas tanto como dos verbos na voz
passiva.
Ideológico, ressuscitou após o terceiro dia com o desdém
amestrado, barbeado.
Distribuiu as fantasias entre os mais carentes do lado
oposto.
Insinuou que meias anódinas, não declamadas, seriam brancas
ou canonizadas.
Dar-se-ia o aguardado, não houvesse só uma estrela em dó
maior ao se masturbar.
Abençoou o provérbio: almoço; divida com amigo, jantar; dê ao
inimigo.
Ao engravidar a alegria preferiu atender o silêncio a açoitar
o prognóstico.
Tanto que não chegou a ser cético a ponto de desacatar a lei
da gravidade.
Restabeleceu o dia de graça só para atender o ribombar dos
sinos.
Envaideceu-se com o louva-deus que não amassava o chapéu ou a
esperança.
Ensandecia ao sabor do vento ouvindo as rosas subjetivas na
voz passiva.
Com a tenacidade dos convertidos, nunca transigiu com as
marés.
Desapegou-se das coisas fortuitas, no entanto encantou-se com
a melancolia.
Pensou em engravidar a alegria antes de solucionar os
teoremas indefinidos.
Se houvesse só uma virgem assexuada, não sentiria o sabor da
aurora.
Mas o pequeno intuito, encachoeirado e cínico, não chegaria a
ser cético.
E bastou romper a liberdade para amamentar os melhores
pecados capitais.
A vanguarda progressista caminhava atrás dos chavões e desmerecia
a sífilis.
Descobriu que a infância era o começo do inevitável, sem
sabor, a se tornar inútil.
Velejou pelo desconhecido como se estivesse indo escovar os
preconceitos.
Na entressafra, todas as euforias foram autorizadas e
consagradas, salvo a verdade.
Em seguida, ele rompeu o silêncio e calou-se para sempre
sobre a incógnita do ser.
Ensinaram-lhe a orar, pagar dízimos em parcelas com juros e ansiar
por utopias.
Obrigaram-no a andar no coletivo, receber salário mínimo,
votar e enforcar-se.
Ceflorence 05/01/20 email
cflorence.amabrasil@uol.com.br
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