EMBATIDOS E APANIGUADOS
Era um
transversal soberano de arrependimentos, que nem São Pautiválio descarnava nas
macegas. Admoestei Sarara, caboclo desprovido de arreceios e sobrossos, que
envergava uma catadura des-apaziguada em sustenido, como se fosse frontão de
belzebu. Não repinicou nem piou com a cara que ele mesmo possuía para descaber
irreverências, antes de desajuntar dos contrafeitos a alma do cadáver. Se
amoldou no gemido e se pôs a querer esmiuçar as contrafeitas, mas não deixei
prosperar as circunstâncias para não abrir vasa de mau juízo e desfeita. Com
estas manhas sanadas amelindrei pelas canhotas com sofregodura e impertinência,
pois nem o Trofenço, com aquele pé de andar légua sobre pedra como se estivesse
beiçando a sogra, não desmoreceu de empertigar o nariz para os desaforos. Beliscou
a ponta da cartucheira, encarnou a destra do indicador na algaravanca do
gatilho, mas apreferiu silêncio em vez dos cornos dos perigos. Se ponha se
cabia ameaçamento ou desprovérbio entre os que saiam e os que pitavam fumo de
rolo repinicado das desforras. Os mais afoitos, nos lampejos, não desvirtuaram,
tanto que o sol foi encontrando seu silêncio para desmerecer o dia.
Umas
éguas prenhas emparelharam para os lados da lagoa onde o marrequinho se desfez
de sabido para amoitar nas taboas. Susteni no provisório, até que a jaratataca
desmereceu os rastros que os cachorros alongavam. Surrupiei o destino por uns
breves, sem respirar para não dessacramentar os fôlegos com o cheiro catingudo da
bicha achando seus destinos e não amortecer ela morta nos dentes da cãozarrada
desarrependida de preceitos. E me pus em supetão para um deus-me-livrasse
naquela hora dos adjacentes, tanto que a brisa amenizou os trilhados e cachorrada
enfeitiçou de seguir os despropósitos da jaratataca só até onde ela sumiu na
capoeira fachada. Sina de caçador é esta mesma, não adianta entravar nos
prognósticos, pois eles descornam nas desobediências e não estabelecem previsuras.
Ajuntei
os restados intermediários para preparar os retornos. A serra era braba, mas o
povo de caçador ajagunçado era arrematado de insolente. Desmaldecemos serra
abaixo, embicada nos precipitados, contornando a Pedra Grande da Periporá, por
onde as aguadas da Cachoeira do Remão do Tucano desalojava tristeza, tanto que o
pássaro preto se fazia em cantador. Admoestei o silêncio para o povo ouvir a
magnitude. Se puseram de sobreaviso antes da brisa subir mascando os recantos
mais remorsados, pois nem assim deu tempestivos de ver a paquinha miúda
extravasar na rouquidão do vento querendo enganar a nostalgia. Creia, mas não
porfie demasiado, que caçador não conta com o que vê, mas mais desempaca com o
que inventa e verba. Apelejei o raciocínio enquanto desmembrava o provérbio,
pois a noite prometia.
Foi um
Serapião; danou-se o ireré inté. Ninguém entremeou de ir saindo calado enquanto
os curiangos não trouxeram a escuridão puxada, enxabida, nos olhos brilhados,
como só eles sabem. Me desmoleci de mandar recados e altivezes. Suspendi os
provimentos até que a aurora viesse chamar o povaréu, devagarosa e morrinhenta,
como tanto, nos igualados, à preguiça gosta de acomodar no cansaço, para eu
continuar mentindo e inventando as sanhas de destramar os tempos e as paciências.
Ceflorence 13/11/18 email cflorence.amabrasil@uol.com.br