quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

JARATATACA DO CAFUNDÓ.

Nas solas da mangabeira, por onde a solidão se esgueirava atrevida, deixando o vento do Sertãozinho insistir em acordar flores, agarradas dengosas nos galhos da árvore, bailando-as na ventura de se fazerem beijadas, o mundo espreguiçava antes de decidir estrada. Assim se fabricavam os sonhos, no indiferente, no tanto fazia a banda, de Canhado Justo, na tropelia de arrenegar só depois quando o carecer viesse. “Atropelar, só providência vindo”, muxoxou ele. Dava, deu vista Canhado, manhoso de aprumar, a garantia pra começar chover primeiro, certo, antes de decisão e aprontou-se pelo tanto de esperar, então, e nem arrear potro ainda, casqueando passarinheiro no curralzinho pedregoso.
Atinou sentar na taipa, pitar, fingido de tristeza, por hábito nem de outra desforra ou regalia de querer, e assistir o gangrenado grosso das nuvens bravas lá na serra. Diziam os coriscos as verdades, sem dúvidas, das águas descerem pelo afora, carregando destravadas as tropelias ou os benfazejos. Chuva é deste mote, assuntou Canhedo, nas as vezes ajuda, nas as outras falha, nas quem sabe atrapalha, mas nas sempre carece. Não renegou resistência de emplastar serviço, pitando desaforo de moleza, com a bezerrada apartada, já no mangueirão, a vacada no gordura farto, que garantia leite grosso do queijo, porco tratado, roncando curto, por hábito, mulher rindo atoa, criançada brincando. Enrolou-se na fumaça do cigarro, pigarreou pra dar um tranco no pensamento, agraciou na anca sustância-da da mulher carnuda, imaginou no-só-os-dois, só-no-depois, só-no-fim-do-dia. Era quando o carinho acalantaria o despropósito e cismou que não deveria resmungar. Olhou o céu e Deus, que mandava toró crescendo as roças, verdeando os pastos, enchendo os córregos, piscou um olho matreiro e mandão no Canhado, cativo de boas interferências divinas, na ordenança de saírem a caçar paquinha gorda, que desaforava, manhosa, há muitos, de sumir na horinha do finalmente.
A chuva ouviu o destino e preferiu ir desaguar o sobrado das carregadas na Cachoeira dos Amargos, onde as seriemas clamavam tristes, pelos cantos mais espichados, no poeirão, até de rodamoinho, da terra seca. O destino ouviu a providência e atendeu as seriemas para desfazer presteza de água na hora certa do lugar. O potro resfolegava passarinheiro, afagado por Canhado apertando a barrigueira nos conformes, como mandam os corretos de quem sabe costurar o tempo.
Canhado abre a tranqueira do serradinho, a que palmeia para o Pico da Forquilha, lado da tocaia, sem rumo definido, da paca manhosa e manda Rosinha soltar os perdigueiros. Cachorro na labuta ardilosa rastreja sisudo, late mudo, ouve o faro da destreza e deixa, por seguro, a sorte andar na frente. Se fez. Cachorros, destros três por demasia, contornaram a pedra torta, cismando de ziguezagueados em roda das dúvidas, antes de acharem o entroncamento do talvez com a porventura, no faro, onde, certeza, começava trilha correta. O sol interessou pela briga, escondido na capoeira rala e nem não atrapalhou o acaso, dali.
Deus, que havia piscado pro Canhado e não toma partido nos assuntos das caças, olhou no futuro da onisciência e viu a paquinha absorvida com uns diletantismos zoológicos, sem fundamentos dos riscos que corriam grandes. A trilha assobiou os cachorros. O Senhor chamou o destino, que campeou na beira dos-por-acasos uma jaratataca catinguda de arrepiar e a assoprou no rastro da paca. Perdigueiro no cheiro da maritafede uiva tristeza, a paca assunta, o sol recolhe, Deus dá por empatada a sanha. Canhado sorri, na horinha ele iria, no proposito, errar.
Muito melhor seria, mesmo como no foi, no retorno, no entorno, no sorriso, no afago, no abraço, no chamego, no amanhã, na Rosinha.       
Ceflorence   14/02/16            email      cflorence.amabrasil@uol.com.br

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

ASSUNHÃÉ DOS PERDÕES.

Ticotinha dos Prevejos encarnou de despicar fumo, meloso, que Chirbito, Expedito Torca, marido que lhe imputaram na beirança de treze, em sendo virgem, de óbvio, ainda desmenstruada, trouxera da venda com mais despesas carecidas. Portava marido, com fumo vindo, um alçapão desservido, por sido justiça-mente cativo e matado, com requinte de desforra, pelo Quepardo da Bodega, o gambá comedor de cria. Na garupa pendurou, ademais, Chirbito, um galo índio, cegado de rinha, banda destra, embora modestamente impetuoso ainda, às vezes, de galinhagem.
O fumo, do melhor, vindo, no traquejo para, de longe, em Assunhãé por toda sentir perfume por quem das redondezas sabia que Ticotinha se empolgava em benções, rezas e advinhanças, mas só sempre que encarapitava na taipa do fogão, pitando amuada. Os proventos, nisto, das beatitudes, desciam ciosos depois que acendia o pito esfumado, na captura de cumprir ajuda das coisas sem solução dos convencionais conformes, como os dos desenganados dos médicos, dos curas ou dos Oguns. A primeira das professadas inexplicáveis, foi em um cavalo campolina, criação de querência muita de Ticotinha, que padrasto barganhara por novilhada girada e surgiu de garrotilho, no imprevisto. Vai não vai, surpresa, terceiro dia, suposição, medrosa, a morte agourando sina, no vazio, e Ticotinha, de nove, sem completos, anos, montou potro em pelo e descabrestado de mando. Hora cismada, anoitando, curiango, pois, voava mesmo curto, olhudo, pio cavo, do moirão da porteira velha.
Era. No que foi, derramaram os dois, ambos, sem nem gargarejo de quebrar silêncio mais, só o carecido, para o lado da Cachoeirinha da Embira. O animal, manso de receber atentos, precisos, dos bem mandados procedentes dos aléns e desarrazoado de sentido. Ticotinha, com a incerteza da certeza confiada, bem como só os confins ajustados prosperam. Pela noite fria, céu limpo, geada capenga de certa cair, durante mais de meia hora ficaram campolina e Ticotinha na solidão do nada, gelados, recebendo água das pedras da Embira, cachoeirinha, até a lua pedir vaza de sumiço, melindres de luas, e esconder-se atrás dos silêncios. Com permissão da minguante ida, Ticotinha tiritando, o cavalo retrocedeu à casa, são de completo, nevoa nenhuma de garrotilho e, no mais, ainda, sem explicação dos portantos que se deram. A menina deitou apreensão, fadiga muita do cumprido, suou de molhar cama, noite toda, inteira, não comeu três dias e bateu, por riba, febrona de carecer reza de terço. “Acatou a dor do animal, ela”, disse, quem disse, sapiente das almas e dos sem motivos. À noite, voltando com o campolina, cunhou o Prevejo, quando mãezinha respaldou os porquês de razão: respondeu um só, decidido, sem soberba: “Prevejo, sarará porque”...empacou no porque, demais de suficiente então... tendo sido, pois. Era ela... era assim. Foi.
Um dia, justo de doze anos passa-dico, um cisma, Ticotinha notou, sol se bocejando, Chirbito, que aprumava quase trinta, cortar a tranqueira do riacho, num mangalarga tinhoso, e, nem bom-dia ofertado, campear só padrinho na, como sempre era, ordenha das vacas. Predisse que as coisas destrocariam. E certos se deram os atentos de Ticotinha, pois a coruja piou tristeza no oco da perobinha, pingou água da talha vazia e, do telhado seco, gotejou lágrima. Dos tratados, padrinho e Chirbito jamais contaram de contar, nunca, por ser incapaz, ela, de então. Partiu e não mais deixou Assunhãé, onde emprenhou treze vezes, nunca menstruou, pois só saia do quarto grávida ou, então, depois, na menopausa. Criou dez filhos, trinta e cinco netos e os nove bisnetos, ainda ali juntados.
Pitava raro, não mais que duas por ano, e quando era assim, sabido, de longe a fumaça agitava gente, tal varejeira zunindo vaca velha, para pedir ajuda de benção, de cura, de conselho, de caminho. Parava estafada, doentia e depois de proibida, pelo marido, de fazer-se querer morrer, senão... Naquele pito derradeiro, veio sina atada. Até no galo ou no alçapão, quem saberia saber? A Chirbito nem então causou. Mas ela leu lonjura longe. O vento catingou surdo, mal humorado, do lado do açude velho, montante de Assunhãé. Ticotinha despachou marido, filhos e netos pelos infinitos, para que os demais, infinitos, se alarmassem, mutuamente, - “a represa romperia na boca da noite”. Cada diligente seguiu bem dado rumo. Quedou, sem fuga, restada em Assunhãé, esquecida, sem atento, só quem previu prever, Ticotinha dos Prevejos. Fado, a água mesma que lavou garrotilho do campolina, sumiu, pra nunca mais, com o corpo de Ticotinha. A alma não, a alma, as maritacas alegres carregaram. Só o além sabe, agora, de onde ela atina, sempre, prever os imprevistos. Só o além!
Ceflorence 02/01/16 – e-mail cflorence.amabrasil@uol.com.br

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ONOMATOPAICO REFLEXIVO.
Para concluir que teria de me contrapor à hiena assexuada que se interessava por ecologia e se deleitava com charutos cubanos, perguntei ao prolixo reitor da estação espacial se preferível seria enredar uma sequência lógica com açúcar demerara ou usar subjetividade flambada. Esta dicotomia existencial é típica das matinés de sábado em que o chocolate é oferecido pelo coroinha estroina, que ajuda o monsenhor na preparação das cerimônias, aonde ele teria o único intuito de saborear, assim, o vinho sacro escondido. Escondido o vinho sacro, assim teria o intuito único de saborear ele as cerimônias da preparação do monsenhor a ajudar o estroina coroinha a oferecer chocolate, do sábado, afim de tornar as matinés típicas de uma dicotomia existencial. Usar flambada subjetividade ou açúcar demerara, para lógica sequencial seria preferível a que a estação espacial prolixa perguntasse ao reitor se cubanos charutos o  deleitavam e a ecologia interessava à assexuada hiena exibida que teria de contrapor-se a mim para concluir.
            E o filósofo, existencialista e fleumático, insistiu que a ordem dos fatores não alteraria o produto, embora o sorvete de macadame tenha sido oferecido sem cobertura de tanto faz. A confusão instalou-se ao ser servido o diafragma da paciente sem molho branco antes da greve, dos professores, aprovar os termos propostos pela interrogada na delação premiada e não depois das orações matinais como consolação suplementar ao zangão suicida estuprar a rainha do enxame que apresentou, publicamente, com sadismo, aquele espetáculo vexaminoso de sobrevivência da espécie.
O ônibus não estacionou no ponto correto, visto que o psiquiatra não estava autorizado a divulgar que a matéria poderia trazer especulações indevidas, se a verificação da teoria quântica sobre a imprevisibilidade do movimento das partículas subatômicas fosse vasada antes do Banco Central divulgar a taxa de rejeição do teorema de Pitágoras. Mas o estimado nos princípios dos jogos comprovou-se plausível dentro do contexto, pois havia pequena diferença, mais semântica, entre o advogado de defesa e o querubim agnóstico nos argumentos finais do julgamento por prevaricação, formação de quadrilha e adulteração do vinho, no caso do comportamento da hiena estroina e da propina do chocolate desaparecido da sacristia, com a boa vontade do monsenhor, pelo visto envolvendo o coroinha assexuado. Os dados foram dialeticamente invertidos, com base no princípio marxista do benefício do povo de fé sobre o ópio. A cerimônia foi considerada ato falho do reitor face à subjetividade do trabalho vivo e o conflito com o trabalho morto.
Com isto, os internos do sanatório pediram vistas processuais e o intervalo de dezoito anos foi suficiente para comemorar-se o centenário da proclamação da irresponsabilidade, o reconhecimento da relevância da inquisição medieval aristotélica no sabor do bacalhau e a esperança de que o erotismo em público fosse liberado aos maiores de oitenta e nove anos. No entanto, os jornais vespertinos circularam com manchetes chamando a atenção de que caberia recurso ao avião que decolou em Katmandu e desapareceu em frente ao Mar das Incógnitas. Justo, portanto, que com a sentença propalada, o ideal democrático rompesse com seus valores históricos e, como esperado, assistisse ao lançamento, pelos vegetarianos, do file de alcachofra servido no encontro do sacrifício coletivo da Frente Libertária dos Homens Bombas, que pleiteava maior disponibilidade de virgens, per capita, após os atentados bem sucedidos.
            O movimento criacionista impugnou a tese da existência pré-histórica do dinossauro, do habeas corpus e do casamento gay. Nisto, as crianças pleitearam lanche de whatsApps, cobertura de caviar e silêncio, antes de degolarem o intolerante mestre sala. Houve réplica. As fantasias foram recolhidas. A realidade, algoz que não perdoa o imaginário, devorou o último beija-flor hermafrodita. A vida passou a ser arrastada ou, pior, normal. O convencional, com a calma do ódio irresistível, estuprou a loucura saborosa que amamentava o rico devaneio, a ilusão e a utopia. 
A hiena, o monsenhor, o caviar e o dinossauro foram subjugados, autuados por fantasiosos, recolhidos, inúteis, a seus deprimentes habitats naturais: zoológico, sacristia, supermercado e museu. A objetividade paranoica devorou a beleza do desatino. Assim, então, passou a ser proibido devanear, pois a alegria e o espontâneo, sem os doidos, fenecem.
Ceflorence     26/12/15      email  cflorence.amabrasil@uol.com.br

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

DOS DISTRITÚRBIOS DE ATAMBÓ

Atambó dos Encantos foi o imprevisto da maré montante que derramou carinhosa às margens brancas das areias, borrifadas do sensual, para que os acontecidos não se arrependessem dos casos e dos acasos que se sucederam naqueles esquecidos. Capilinho da Penga expedia afeto, sem pressa e a prazo, por qualquer desacato ou sorriso de enfeitiçada pelos seus dengues e madraceados, sem remorsos ou soberbas. Quem campeasse em Atambó o encontraria, no mais das vezes, perto do Atacado do Repasto da Ema ou na Rua da Miúda, estreita, torta, suja e sem vaza ou no preparo de esconder-se na boca do Morro da Fumaça. Tudo junto ao mercado velho aonde a vida se fazia e a morte visitava amiúde nas vinganças prometidas e aprazadas.
Lá, nas horas vadias de Capelinho, em que não jogava capoeira no Remanso dos Esfolados ou não se ocupava, profissional, nas maranhas do baralho na Praça do Bem-te-Vi, as manobras não davam sossego. Tinha dele sempre que sobrar qualquer para desafinar o Moenga, mau caráter do cabo da fardada, que não lhe podia escutar o nome, sem chegar, silenciado de calhorda, para morder um tanto, por conta do que ele nem fizera. Fugia Capelinho, sempre, dos mandatos do juizado para despistar algum atazano de emprenhada para o sustento do bem nascido, que empolgava de ter a sua cara, e era de direito dela demandar, por assim ser cumprido. E nem por isto o sol deixava de nascer. Dos sacramentos, se respeita pelo precavido e Capelinho tinha por bom juízo não roer desaforo, não ouvir lengalenga e ficar longe de soldado, gravidez e cura.   
             Na Congada de Reis, entestou Capelinho de galgar a Ladeira dos Afogados e cumprir carência de benção com Mãezinha do Acaré. Mãezinha, dadivosa, estava sempre de bem mandada dos aléns e carecida de Oxum-Abalô para as orações de transe no terreiro dela no Abatopungá do Alto. À noite, subindo, Capelinho assobiava ostensivo de bem servido, só em alegria, vendo a lua brincar de ladra, dissimulando as estrelas do lado do mangue, que o mar beijava manso. Os cachorros uivavam pedindo a Jaci crescente que não se escondesse, pois os deuses já desceriam prestimosos tão logo os atabaques castigados nos coros curtidos, clamando à Mãezinha rogar às almas que, em graça, encarnassem os puros para os confins purgarem. “Que Iansã, companheira de Xangô, e que destina os ventos e as tempestades, nos acaricie em tempo” – reconfortou-se Capelinho, na solidão do destino, em busca do aconchego farto de Mãezinha, morro acima, ensimesmado de fé, a-tendo. 
             O terreiro foi se forrando de humildade e crença. O pescoço da lua esticou a curiosidade para o olhar fartar. Os atabaques e os canzás invadiam pelas entranhas os anseios dos carentes enquanto as filhas e os filhos de Iansã despiam angústias para o reconforto dos passes. Os espíritos rolavam doces pelos telhados, pelas paredes e pelos incertos, no só aguardar Mãezinha ordenar as escolhas dos pares. Tudo inebriava: o batuque, a magia, o calor, o sensual, o excêntrico. Mãezinha deixou Ogum deflorá-la em transe para esplendor do divino e regozijo dos vivos clamando incubação dos mortos. O irracional pungente expurga o racional inútil. O céuterra une-se como antes da criação fosse,... e, em sendo, era.
            Capilinho rodopia nos magnetismos do inconsciente invadido, devaneando atração pela alma de Livinha encarnada na beleza sensual da desconhecida. As solidões, ambas, atiram-se às esperanças. Mãezinha acarinha, na direita, no tom grave de Abalô, Livinha do Pontal, cafetina de fina flor, que enfeita a própria casa, conhecida na Rua da Alfandega, com o capricho da escolha das rosas moças que se desmancham em êxtases aos carentes do afeto fiduciário barganhado. Do outro lado, Mãezinha aconchega, no regaço quente, Capilinho enfeitiçado do olhar de Livinha. O mundo azulou só do porvir se sendo e Mãezinha garante que as almas dos dois retornaram, ali, depois de muitos destinos e desafetos de vidas passadas, sofridas,  sem rumo, para o sempre se enfeitiçarem.
            Pelos dois, amor, três dias, mal dera para aquecer: o sol dobrou noite. No quarto dia, Livinha, agarrou Capilinho no detalhe do sofisticado e enlojou-o na soberba. Enfurnou, contínuo, em um dos salões da casa das donzelas, roleta viciada e bacará esperto para prosperarem nas maranhas mãos do capoeira. O casal, pelo fomento do social financista, passou a frequentar, enfatuado, missa de domingo, na Matriz e, pela fé e carinho, nas sextas, o terreiro de candomblé, no Acaré, de Mãezinha. Oguniê.
Ceflorence      27/12/15    email    cflorence.amabrasil@uol.com.br